Estamos falando em cerca de 9,6 milhões de pessoas enquadradas neste panorama.
A pesquisa levou em conta a 'semana de referência', que é o momento imediato pelo qual passavam os entrevistados na data da coleta de dados - fossem jovens gestantes, desocupados, desempregados ou em plena criação de novos rumos para suas vidas.
Um estudo da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, feito no ano passado, confirmou o índice, analisando a faixa que vai dos 18 aos 25 anos.
O IBGE não perguntou os motivos destes jovens estarem afastados da escola ou do emprego, apenas se preocupou em traçar um perfil da 'geração'.
Mas condições bem específicas apareceram quando cruzados os dados do Pnad, apontando que a representante típica dessa geração é mulher, mãe, pobre e habitante das regiões Norte e Nordeste do país. No grupo de 15 a 29 anos, 70,3% eram mulheres, sendo que 58,4% delas já tinham pelo menos um filho. Em relação à escolaridade, 32,4% não tinham o Ensino Fundamental completo, e somente 5% tinham o Superior completo ou incompleto.
As estatísticas apontam para as dificuldades que as mulheres de áreas mais pobres têm ao tentar conciliar a maternidade com o emprego e ao estudo.
A 'geração nem-nem' é menor representada em regiões com menores desigualdades econômicas: 15% dos jovens na região Sul, sendo em Santa Catarina ainda menor, com 12,7% fora do mercado de trabalho ou dos bancos escolares.
Há ainda os mais descolados que preferem se manter afastados da carteira de trabalho assinada, optando por chutar o balde na carga horária e nas rotinas subaproveitadas, investindo em carreiras alternativas e seguindo em busca de novos rumos.
O fenômeno não é exclusividade do Brasil: crise econômica e medidas de austeridade levaram jovens ao desemprego em países como a Espanha, por exemplo.
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