terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Cuti-Cuti que nada!


Foi-se o tempo em que a conversa com as crianças resumia-se a cuti-cuti e palavras básicas e no diminutivo.



Diz um estudo, divulgado nesta semana, que os bebês se desenvolvem melhor quando tratados como adultos e,  de preferência, com vocabulário complexo, o que permite um melhor desenvolvimento do cérebro e serve de aprendizado para o resto da vida.

Durante a conferência anual da Sociedade Americana para o Avanço da Ciência, realizada em Chicago, a psicóloga Erika Hoff, da Universidade Florida Atlantic, explicou que "não se trata apenas de acumular vocabulário, também é preciso que este vocabulário seja de qualidade". Assim, as palavras devem ser ricas e complexas ao serem proferidas aos pequenos.

E tem mais... falar deste modo com os bebês é tão importante que as crianças que convivem com palavras menos elaboradas tem piores resultados escolares.
A neurologista e pediatra Kimberly Noble, da Universidade Columbia de Nova York, compara o cérebro de crianças que vivem em contextos desfavoráveis com as que têm pais com estudo superior, onde encontrou diferenças nos sistemas cognitivos que comandam a sociabilidade e a memória.
As diferenças mais flagrantes dizem respeito à parte do cérebro que condiciona o desenvolvimento da palavra. "Ao crescer, as crianças saídas de ambientes mais abastados dedicam a maior parte do seu cérebro a estas regiões", afirma Noble.

A psicóloga Anne Fernald, da Universidade de Stanford, estudou um grupo de crianças espanholas de meios desfavorecidos, e gravou as conversas que elas ouviam durante um dia. Daí, se deu conta de que elas só escutavam as conversas periféricas entre seus pais. Segundo ela, o verdadeiro aprendizado provém da palavra que é dirigida diretamente à criança.

Depois desses estudos, melhor dar atenção redobrada ao falar com seu filho ... embora o cuti-cuti seja tão familiar a todos (ou quase).


Fonte: Clic RBS










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