Deve ser mantida a indicação atual de 10% do valor total de energia, mas a projeção é de que o documento mostre os benefícios de se consumir menos de 5% de açúcar diariamente - o que corresponde a 25g, ou seis colheres de chá.
A redução visa diminuir problemas de saúde como obesidade e cáries e, segundo a OMS, os limites do consumo serão aplicados para produtos com glucose e frutose (como o açúcar de mesa, sucos de frutas, mel, xaropes, concentrados, etc).
"O consumo de açúcar está ligado à obesidade. Como a maioria das pessoas tem feito cada vez menos atividades físicas, é bom reduzir a ingestão desse ingrediente", observa o nutrólogo Paulo Henkin, diretor da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran) na Região Sul.
Mas engana-se quem pensa no açúcar contido apenas nos produtos acima, pois boa parte dele está nos alimentos processados. Uma colher de catchup equivale a uma colher de chá de açúcar, e uma lata de refrigerante tem até 40g de açúcar (10 colheres de chá).
E engana-se também quem pretende simplesmente substituir o consumo do açúcar pelo adoçante - o adoçante contém aspartame, substância que pode conter agentes cancerígenos.
Até o final do mês a proposta da OMS está aberta para consultas públicas, e qualquer pessoa ou especialista pode enviar suas considerações à agência, através do site www.who.int .
O relatório servirá de referência para avaliar o consumo de açúcar e, assim, estimular que programas de saúde tentem reduzir a ingestão do produto.
Fonte: Jornal Zero Hora
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