Bem-estar emocional na infância traz felicidade sim.
Foi essa a conclusão de um estudo da London School of Economics (LSE), de autoria do professor Richard Layward (considerado um especialista em 'estudos da felicidade'), após pesquisar mais de nove mil pessoas na Grã-Bretanha, em diversas situações sociais durante um período de três semanas no ano de 1970.
Essas pessoas foram acompanhadas até os 34 anos, e foram analisados dados como renda familiar, histórico de trabalho e até a ficha criminal. A partir dessas análises. foi desenvolvido um modelo matemático explicando as variações nos níveis de felicidade entre a população.
Conclusão: estabilidade emocional no lar tem mais influência na felicidade futura de crianças do que dinheiro ou um bom desempenho acadêmico.
Para avaliar a estabilidade emocional, a equipe de pesquisadores se concentrou em vários detalhes, como desordens alimentares na infância, crises de insônia, incontinência urinária e outros fatores.
O estudo também concluiu que a renda é responsável por apenas 1% de variação nos índices de felicidade expressados pelas pessoas pesquisadas, enquanto a 'saúde emocional' na infância responde a 6%.
Os pesquisadores estão cientes do espanto causado pelo argumento de que o desempenho intelectual e as condições financeiras na infância podem ter menos influência do que se pensava na chamada 'realização na vida adulta'.
Nos últimos anos, os 'estudos da felicidade' ganharam popularidade como parte das discussões para entender as necessidades da população - tanto que se fala em 'PIB da felicidade'. O premier britânico David Cameron declarou que "era chegado o momento de admitir que há mais na vida do que dinheiro".
Nossa dúvida é: será que no Brasil, com índices tão alarmantes de desigualdade social e bolsões de miséria, os resultados deste estudo seriam semelhantes aos da Grã-Bretanha?
Nenhum comentário:
Postar um comentário