Pode entrar... só não repara a bagunça...
Quem nunca disse e/ou ouviu essa frase?
Segundo pesquisadores da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, um ambiente bagunçado limita a capacidade do cérebro de processar informações e guardá-las na memória, atrapalha a nossa capacidade de prestar atenção em uma atividade, e essa condição leva ao estresse e à irritação.
"A energia que a bagunça exige do nosso cérebro acaba por cansá-lo mais rápido", afirma a psiquiatra e psicoterapeuta Luciana Gioia de Deus. A médica usa como exemplo o processo de se vestir: em um guarda-roupa bagunçado a gente não consegue encontrar com facilidade a peça que quer. Mas, se estiver em ordem, é só bater o olho que o cérebro localiza e decide o que vestir. "É uma economia de energia cerebral que pode ser aproveitada em outras atividades do dia a dia", avalia Luciana.
Se isso acontece logo nas primeiras horas da manhã, de procurar e não achar uma determinada roupa para vestir, já deixa aquela sensação de frustração e cansaço pelo resto do dia.
Talvez por isso o processo de mudança de endereço seja tão penoso para grande parte das pessoas - uma casa nova, cheia de caixas espalhadas e com objetos misturados pelos cômodos, é uma poluição visual que acaba por estressar e distrair os moradores.
Essa relação entre bagunça e concentração vale tanto para o ambiente doméstico quanto o profissional. E, no escritório, o quadro se agrava por conta das exigências de produtividade. "Quanto mais estímulo visual, mais dificuldades o cérebro vai ter de se concentrar no que é mais importante na ocasião. Não precisa nem ser o ambiente de trabalho todo. A mesa já pode ser suficiente para atrapalhar", diz o psiquiatra Duílio Antero de Camargo, coordenador do Grupo de Saúde Mental e Psiquiatria do Trabalho do Instituto de Psiquiatria do Hospital de Clínicas de São Paulo.
Essa perturbação pode afetar o coletivo, e não se limita a encontrar um objeto específico no meio da desordem, mas o fato é que a bagunça em si é o que causa a poluição visual e, consequentemente, a distração.
A dica é: reserve 15 minutos por dia para organizar qualquer coisa, seja uma gaveta, um armário, a despensa, a mesa de trabalho ... esse tempo pode parecer pouco, mas faz uma enorme diferença.
"Organização é sinônimo de qualidade de vida", afirma a organizadora pessoal Valéria Duarte.
O mais comum é a pessoa não saber como começar a arrumação então, o ideal é fazer um plano de ação e se concentrar na tarefa, de modo que a própria pessoa possa manter as coisas organizadas no dia a dia. "O ganho de tempo e a qualidade de vida são os principais benefícios", incentiva a organizadora.
Fonte: Portal UOL
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