Frustração é um sentimento, uma emoção que ocorre quando algo que era esperado não acontece.
É quando uma pessoa não está feliz por não ter um desejo satisfeito, mas também existem pessoas que tem complexo de frustração, que se decepcionam por qualquer coisa.
E não adianta ... por mais que a gente tente se preservar, a frustração é inevitável e faz parte da vida.
Mas a frustração pode ser encarada como uma oportunidade de aprendizado, se aceitarmos que nem sempre teremos nossas expectativas atendidas. A vida não acontece da forma que a gente quer, e sabendo lidar com isso nos tornamos pessoas mais maduras, a ter autocontrole e tolerância.
"Quando você descobre que o mundo não é como gostaria, percebe que precisa se adaptar a ele. A capacidade de tolerar as frustrações é um componente da inteligência emocional. E não é possível viver em sociedade sem essa habilidade", afirma a psicóloga Lilian Graziano, doutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP).
E como os pais podem lidar com isso com os seus filhos?
Se olharmos a nossa volta, com ritmo de vida frenético, muitas vezes delegando a babás e escolas de turno integral a educação dos filhos, muitos pais tentam compensar a ausência atendendo a todos os pedidos dos pequenos. Pais que acreditam ter que corresponder a todas as expectativas dos filhos, não impondo limites ás vontades deles estão, na verdade, prejudicando-os. À primeira contrariedade, poderão cair em tristeza profunda, ficar com a autoestima abalada, ou então encarnar aquela cena desagradável de criança se jogando no chão, aos berros, quando lhe é negado alguma coisa. E pensar que na vida adulta, ao interagir com outras pessoas, elas não serão poupadas ...
"Crianças superprotegidas dessa forma acabam tendo mais dificuldades de conviver com os outros, além de apresentarem problemas para lidar com as próprias falhas", afirma Lilian.
O ideal é usar o sentimento de frustração como um impulso para buscar novas alternativas e seguir em frente, não ficar paralisado diante do que deu errado, analisar se vale a pena insistir ou ir atrás de outras opções, o famoso "plano B".
Também vale tentar identificar de que forma as nossas atitudes poderiam ter contribuído para mudar o rumo da história.
"No amor isso é muito comum. A pessoa escolhe sempre o mesmo tipo de parceiro e se frustra, mas não enxerga a responsabilidade dela na maneira como o relacionamento se desenvolve", diz a psicóloga Andreia Calçada, especialista em neuropsicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
É importante enfrentar a situação, refletir e buscar outras maneiras de se realizar. Frustração faz parte da vida, mas são nossos desejos e objetivos que nos motivam a dar a volta por cima e seguir em frente. Mas é fundamental entender que nem tudo está sob nosso controle, que de nada adianta colocar nossas expectativas nas mãos dos outros, muito menos depositar altas esperanças em coisas ou pessoas, para evitar se magoar e esperar algo que possa vir a não acontecer.
Fonte: Uol Mulher
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