terça-feira, 21 de outubro de 2014

Horário de Verão

Alegria pra uns e transtornos pra outros , chegou mais um horário de verão, cujo impacto é diferente em cada pessoa.
Serão 126 dias, período em que o governo federal espera uma redução de 4,5% no consumo de energia no horário de pico (das 18h às 21h).


Junto com o relógio do celular, de pulso, da casa, é necessário ajustar também o relógio biológico - o que pode ser fácil pra uns, difícil pra outros ou até impossível para uma parcela da população.
Tem os que adoram aproveitar  uma hora a mais de luz para praticar atividades físicas, se animam em fazer algum programa depois do trabalho, e são só elogios pras mudanças acarretadas pelo horário de verão. Mas tem os que ficam irritados e sonolentos neste período, rendem menos, e reclamam até não poder mais.

As reações dependem do organismo de cada pessoa, e são determinadas por um conjunto de fatores, dentre eles o genético. Herdamos dos pais a tendência de acordar mais cedo ou mais tarde.
Esse nosso 'relógio interno' pode funcionar de duas formas: a  matutina (aqueles que dormem cedo e acordam cedo e super dispostos) e a vespertina (os que funcionam melhor à noite e têm dificuldade de acordar cedo).

Pois são os 'matutinos' os que mais sofrem o impacto do novo horário. O neurologista  Fernando Stelzel explica o motivo: "O sono é regulado pelo hormônio melatonina, que começa a ser liberado quando acaba a luz do dia, Como durante o horário de verão temos luz até mais tarde, os matutinos vão dormir também mais tarde e, por estarem acostumados, acordam cedo. Ou seja, reduzem o tempo de sono".
Os vespertinos ganham uma hora a mais de luz para aproveitar o período em que são mais produtivos.

Por sorte, o corpo humano tem uma flexibilidade para se adaptar às mudanças de horário. Cada pessoa tem uma velocidade própria de ajuste, mas em torno de uma a duas semanas é feita essa sincronia de ritmo.
Somente em casos de 'matutinos extremos' é que as consequências podem ser mais graves, com dificuldade de concentração, dor de cabeça e até quadros de depressão.
Para tentar minimizar o desconforto e ajudar o corpo a se adaptar ao horário, a recomendação é dormir pelo menos 10 minutos mais cedo a cada dia, durante uma semana. Esse ajuste gradual pode ajudar o relógio biológico a se adaptar sem causar maiores transtornos na rotina de cada um.

Fonte: Jornal Zero Hora

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