terça-feira, 4 de novembro de 2014

Mulher no Trabalho 1

Com base no Censo de 2010, os dados do estudo "Estatísticas de Gênero" foram divulgados na sexta-feira passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em uma década, as mulheres aumentaram sua participação no mercado de trabalho, mas passaram a ter ainda menos carteira assinada do que os homens.



No Censo de 2000, 36,5% dos homens com 16 anos ou mais estavam empregados com carteira, enquanto as mulheres representavam 32,7%. Dez anos depois, o índice dos homens aumentou para 46,5% (alta de dez pontos percentuais) e o das mulheres para 39,8% (crescimento de 7,1 pontos). Em dez anos de estudo, a diferença de carteira assinada entre os sexos aumentou de 3,8 pontos percentuais (em 2000) para 6,7 pontos percentuais (em 2010). Florianópolis lidera a maior taxa de mulheres com carteira assinada (76%), enquanto Belém apresenta o pior índice do ranking, com 51,2%.

Segundo a pesquisa, houve aumento da participação feminina no mercado de trabalho, de 50,1% em 2000, para 54,6% em 2010. Por outro lado, a taxa de atividades dos homens caiu de 79,7% para 75,7% , demonstrando um aumento no número de inativos (pessoas que nem trabalham nem procuram emprego).

No estudo por cor ou raça, as pessoas brancas são maioria entre os trabalhadores formais (56,5%), enquanto os negros representam 42,6%.
Em 2010, o número de mulheres brancas que possuem carteira assinada era de 58,4% , e o de negras 40,2% . Dez anos antes a diferença era de 30 pontos percentuais: 66,3% de brancas  e 32,3% de negras.

Já no recorte do trabalho doméstico de 2010 a situação se invertia: 57% das trabalhadoras formais são negras, e 42% são brancas. Em 2000 eram 51,7% domésticas formais negras e 47,1% brancas.
A desigualdade racial era ainda mais acentuada se consideradas as trabalhadoras domésticas sem carteira assinada: em 2010, 62,3% eram negras e 36,5% eram brancas, enquanto em 2000 56,2% eram negras e 42,6% eram brancas. Os dados não consideram mulheres que se declararam de cor ou raça amarela ou indígena.

Nos rendimentos, a pesquisa mostra que, em uma década, a proporção de pessoas que recebiam até um salário mínimo subiu de 19,8% em 2000, para 29,8% em 2010.
Entre as mulheres, a proporção passou de 20,8% para 33,7%, sendo que a maioria está localizada na região Nordeste.

Nos grupos etários os maiores crescimentos foram entre os jovens (homens e mulheres de 16 a 29 anos). O IBGE destacou um aumento de 6,5% entre as mulheres com 60 anos ou mais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário