A pressão alta é uma doença silenciosa e grave e, ao mesmo tempo, é muito comum. E nada mais é que a pressão exercida pelo sangue nas paredes das artérias.
Segundo pesquisa feito pelo Ministério da Saúde em 2012, 24,3% da população brasileira sofre de hipertensão arterial (em 2006, ano do primeiro estudo, eram 22,5%). Foram entrevistadas mais de 45 mil pessoas em todas as capitais e no Distrito Federal.
Um dos principais fatores de risco é a hereditariedade: quem tem pai ou mãe com a doença tem 30% mais chances de ter pressão alta. Se ambos sofrem com a doença, esse índice sobe para 50%.
Além do componente genético, os maus hábitos também podem colaborar para o desenvolvimento da hipertensão: fumar, beber, vida sedentária, obesidade, estresse, alimentação desregrada ... e assim o mal vai atingindo cada vez mais pessoas.
O risco também aumenta com a idade. Segundo a pesquisa Vigitel 2012, 3,8% dos entrevistados entre 18 e 24 anos disseram ter a doença, enquanto entre os que tem mais de 65 anos, o percentual sobe para 59,2%.
O consumo excessivo de sal é outra causa da hipertensão. Ele aumenta a retenção de água pelo organismo, o que pode ocasionar a elevação da pressão nas paredes das artérias. O sódio contido no sal pode causar o estreitamento dos vasos sanguíneos ao inibir a ação do óxido nítrico, que é uma substância dilatadora.
"Por isso, é recomendado aos que possuem a doença reduzir o consumo para, no máximo, 5 gramas por dia", aconselha o cardiologista Antônio Carlos Nunes Filho, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Mas o sal é importante para o funcionamento do corpo, e não deve ser totalmente eliminado da alimentação.
Hipertensos ou não, é importante também evitar choques térmicos, como fazer sauna e tomar uma ducha gelada, ou se expor ao sol escaldante e entrar direto no mar ou piscina. Isso pode gerar uma crise de pressão alta em qualquer pessoa, e mais ainda em quem é hipertenso, pois há uma contração dos vasos pela mudança brusca de temperatura.
A única maneira de detectar a doença é medindo a pressão por meio de aparelhos, pois na maioria dos casos a pressão alta é assintomática. Dor de cabeça, tonturas, edema nas pernas, palpitações e sangramento nasal podem ser sugestivos de hipertensão, mas não são específicos da doença. "Muitas vezes esses sintomas, na verdade, não são da hipertensão em si, mas do que chamamos de lesões dor órgãos-alvo, ou seja, de complicações em órgãos como coração, rins e cérebro decorrentes da pressão alta", explica o cardiologista Nabil Ghorayeb, chefe da seção médica de Cardiologia do Exercício e do Esporte do Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo.
A pressão, quando não controlada, pode prejudicar o funcionamento de diversos órgãos, como cérebro, coração e rins, por exemplo.
A hipertensão arterial é o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares, responsável por 45% dos ataques cardíacos e 51% dos acidentes vasculares cerebrais no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Na maioria dos casos, a doença deve ser tratada com o uso contínuo de medicação. Mas o medicamento é um adjuvante no tratamento, o ideal é adotar um estilo de vida saudável, com cardápio rico em verduras, frutas e legumes, pouco sal, evitando alimentos industrializados e praticando atividades físicas regularmente (pelo menos 30 minutos, 5 vezes por semana). É possível controlar a pressão somente com mudanças no estilo de vida, com bons hábitos é até possível um tratamento sem remédios.
Meditação, musicoterapia, ioga e outras técnicas para aliviar o estresse também são eficientes aliados no controle e na redução da pressão arterial, bem como manter contato com amigos e reservar um tempo para a família e atividades de lazer, sono adequado e relaxamento também são importantes para o controle da ansiedade e da depressão.
Antes de qualquer coisa, consulte um médico para orientações no controle da hipertensão e seja feliz!
Fonte: Bem-Estar UOL
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